Este artigo pretende abordar aspectos relacionados à transformação ocorrida na economia capixaba no período entre a década de 1950 e 1980 e os impactos gerados por essas mudanças na estrutura socioeconômica capixaba as quais atuaram como fator de intensificação dos conflitos sociais no Espírito Santo.
A realidade brasileira na década de 1980 ficou marcada pela estagnação econômica, com elevados índices de inflação, problemas relacionados à dívida externa, concentração de renda e diminuição da renda por habitante. De 1980 a 1989 o crescimento do PIB não acompanhou o crescimento populacional e a inflação chegou a 1.157,6% ao ano. Tal quadro beneficiou especuladores e parcelas da população que podiam se dar ao luxo de viver de juros bancários. Diante deste quadro restava aos trabalhadores correr para os mercados em busca de víveres o mais rápido possível, antes que os produtos sofressem aumentos.
A explicação da crise econômica deste período e do quadro de miséria e exclusão social que repercutia em altos índices de violência característicos deste período, deve ser buscada em aspectos conjunturais e também na política econômica adotada durante o período da Ditadura Militar.
O regime político instaurado com o fim do período ditatorial foi reflexo do discurso e prática daqueles que participaram do governo autoritário alinhado com o capital internacional. A ampliação da participação política se deu ao mesmo tempo em que os conflitos sociais se intensificaram.
LEMOS, Amarildo Mendes. Modernização econômica e conflito social na década de 1980. In: RIBEIRO, Luiz Cláudio M.; QUINTÃO, Leandro do C.; FOLLADOR, Kellen J.; FERREIRA, Gilton L. Modernidade e Modernização no Espírito Santo. Vitória: Edufes, 2015.
ISBN: 978-85-7772-301-0
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